A Química dos Post-its
O episódio de hoje mostra-nos com um fracasso na investigação em química se pode tornar um sucesso e passar a fazer parte da nossa vida quotidiana.
Estão espalhados por todo o lado, colados nas portas, nos computadores, nos frigoríficos e até nas pessoas, e deixaram de ser apenas quadradinhos de papel amarelo para ganharem muitas formas e muitas cores: são os “Post-it”®, os papelinhos que colam e descolam.
A sua história começa em 1968 com uma empresa química que encorajava os seus funcionários a utilizarem 15% do seu tempo de trabalho para testarem ideias inovadoras. Um dos funcionários, um químico que trabalhava com polímeros, tentou produzir uma cola mais forte do que as existentes alterando as proporções na mistura de reagentes.
O que obteve foi um novo polímero adesivo que se organizava em pequenas esferas sobre uma superfície – em vez de a cobrir uniformemente – e que estava longe de ser uma cola forte: colava, mas descolava com a mesma facilidade! E voltava a colar… e a descolar!
Era interessante, era diferente… e completamente inútil. Quem é que quer colar a asa de uma caneca com uma cola que cola … e descola?
A cola falhada ficou sem uma aplicação realmente útil durante anos, até alguém sugerir o uso em marcadores de livros. Mas o sucesso não foi imediato, porque ninguém estava disposto a pagar por um montinho de papéis amarelo canário de utilidade duvidosa. A empresa decidiu então distribuir o produto gratuitamente, porta a porta na cidade americana de Richmond durante um ano. No ano seguinte já havia consumidores viciados… como eu (e aposto) você!
Hoje em dia são dos materiais de escritório mais vendidos no mundo. Um fracasso da química que veio facilitar o seu dia a dia!
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